
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar
mario cesariny
3 comentários:
Este já conhecia pela menina_tóxica, mas vale sempre a pena reler... :)
ainda estou a pensar no video eh ehe h
Sim a tóxiquita, é dela o final :p Mas já não me lembrava do corpo deste escrito e gostei de o reler e relembrar! É preciso fazer uso das palavras... :)
escreve-se Elsinore...
no poema ta errado.
Enviar um comentário